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Alunos de engenharia do Cefet reivindicam professores concursados

Alunos de engenharia do Cefet reivindicam professores concursados

Campus do Cefet em Araxá - Foto: Divulgação

Da Redação/Jorge Mourão – Enquanto os cursos técnicos do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) em Araxá celebram o ótimo resultado recentemente conquistado no último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – primeiro lugar na cidade e quinto lugar em Minas Gerais -, os cursos superiores de Engenharia de Automação Industrial e Engenharia de Minas não têm o que comemorar.

A falta de professores concursados, o adiamento e reposição de aulas e a biblioteca defasada são os principais problemas relatados pelos alunos e que se arrastam há pelo menos seis anos, período em que foi implantado o primeiro curso de engenharia no campus local. Tanto que uma carta de indignação foi encaminhada recentemente à diretoria da instituição pedindo soluções imediatas.

“Estamos extremamente preocupados com a nossa atual situação. Ao longo dos últimos quatro anos e meio sempre tivemos grandes problemas com relação à contratação de professores e à qualidade de ensino para o nosso curso. É lamentável passarmos por tudo isso e ainda deixar chegar ao ponto que está. A única coisa que podemos imaginar é que ninguém está preocupado em resolver o problema, pois depois de tantas dificuldades nenhuma medida eficaz foi tomada”, cita trecho da carta escrita pelo acadêmico Thiago Henrique da Silva.

A direção do Cefet-MG, sediada em Belo Horizonte, comunicou que está negociando com o Ministério da Educação (MEC) abertura de vagas para professores, só que temporários, desde o primeiro semestre e também tentando professores efetivos. Relatou ainda que o problema em Araxá também ocorre nos Cefets em Belo Horizonte e em outros municípios do interior.

“A negociação não é fácil. Já conseguimos a promessa de 106 vagas de professores temporários e estamos aguardando a portaria liberando as vagas para realizar as contratações”, afirma a diretora de Graduação, Ivete Pinheiro, em resposta aos e-mails dos alunos.

Entretanto, a contratação de professores substitutos para resolver o problema não é bem-vinda pelos alunos. “Até o momento estamos sem professores. Como medida, para não ficarmos sem aula, um professor irá adiantar uma matéria do próximo período e o outro irá iniciar outra matéria pendente somente na parte que ele domina, sendo que na parte específica continuamos sem professor até o concurso”, diz o acadêmico Matheus Oliveira Rodrigues.

Ao que parece, o assunto vai continuar durando muito tempo.

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