Araxá tem 140 casos confirmados de dengue

Araxá tem 140 casos confirmados de dengue

Araxá tem 140 casos confirmados de dengue 1

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) apresentou, nesta semana,  o Plano de Combate à Dengue em Araxá. O trabalho está sendo realizado pela Vigilância Ambiental da SMS, em parceria com o Ministério Público e Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Araxá (IPDSA).

Durante a reunião, a vice-prefeita e secretária municipal de Saúde, Lídia Jordão, destacou que o plano tem como objetivo principal a conscientização do cidadão para contribuir com a redução da transmissão da dengue, cuidando de sua residência, do seu local de trabalho e do seu terreno.

Dentre os principais cuidados para evitar a água parada que serve como criadouro do mosquito transmissor, o plano da SMS reforça a importância da limpeza de lotes vagos e do tratamento adequado de piscinas no mínimo duas vezes por semana, para não permitir a instalação ou proliferação de mosquitos.

Em Araxá, são nove equipes trabalhando na zona urbana e rural para o trabalho preventivo, e uma equipe atuando em pontos estratégicos e bloqueios de regiões suspeitas. Até o momento, são 140 casos confirmados no Município.

Já no trabalho preventivo, a campanha ressalta a participação e responsabilidade do cidadão para receber as orientações dos agentes de endemias. No caso de imóveis fechados no momento da visita, são deixadas notificações para agendamento de visita, através do telefone da Vigilância Ambiental – 9904-2475.

Se não houver resposta, o morador estará sujeito à multa e, se necessário, intervenção da autoridade competente, de acordo com a Lei Estadual 19.482 (12/01/2011) e Decreto Estadual 46.208 (04/04/2013). Na situação dos lotes vagos, as notificações estão sendo feitas via IPDSA.

“Devemos estar extremamente atentos a tudo que vem ocorrendo não só em Araxá, mas em todo o Estado Brasileiro. E daí não basta que nós tenhamos um olhar diferenciado no combate contra a dengue, é preciso também que a população toda sensibilize”, afirma Lídia Jordão.

Parceria

“Através de várias parcerias, com o Ministério Público, IPDSA e imprensa, nós temos a certeza de que vamos avançar. Agora não basta que façamos a nomeação das equipes de trabalho, a designação das equipes de trabalho para dar cobertura em 100% das moradias dos imóveis de Araxá. É preciso também que a população se conscientize permitindo que o agente de combate as endemias entre na sua casa, é preciso que os moradores tenham consciência que é preciso manter as piscinas limpas, enfim, também a consciência do cidadão no seu papel no combate à dengue”, acrescenta a secretária de Saúde.

A promotora de Justiça curadora da Saúde, Mara Lúcia Silva Dourado, ressalta o papel do Ministério Público em atuar juntamente com o Município e outros parceiros no Plano de Combate à Dengue.

“Primeiro, é um dever do Ministério Público. A dengue é um caso de saúde pública, a gente sabe que o país enfrenta uma epidemia de dengue, então é uma obrigação do Ministério Público participar desse enfrentamento. No segundo momento, é importante essa parceria. Chamo isso como uma força-tarefa. Vejo hoje que o Município junto com o Ministério Público e as suas Promotorias de Saúde e de Defesa do Meio Ambiente formam essa força-tarefa na tentativa de sensibilizar, o intuito aqui não é ameaçar o cidadão, é sensibilizar a participar desse enfrentamento. Isso vai trazer um benefício tanto para ele, quanto para toda a sociedade”, destaca a promotora.

A coordenadora da Vigilância Ambiental, Flávia Rios, comenta as dificuldades que o setor vem enfrentando e enfatiza a colaboração do cidadão.

“Os maiores problemas que temos hoje principalmente são as casas fechadas e as casas muito sujas, e também moradores que, às vezes, deixam entrar nas casas, só que não recolhe lixo. Então, essas pessoas precisam ser responsabilizadas porque a gente entra e faz o nosso trabalho, mas continua o lixo ali exposto a céu aberto e a chuva vem e prolifera o mosquito”, diz.

Sobre a dengue

A dengue é uma doença infecciosa causada por um arbovírus transmitira pelo mosquito Aedes aegypti, que ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil. As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos.

A dengue clássica se inicia de maneira súbita e podem ocorrer febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores nas costas. Às vezes aparecem manchas vermelhas no corpo. A febre dura cerca de cinco dias com melhora progressiva dos sintomas em 10 dias. Em alguns poucos pacientes podem ocorrer hemorragias discretas na boca, na urina ou no nariz.

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