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Diretoria do Estacionamento Rotativo estipula meta de vendas

Diretoria do Estacionamento Rotativo estipula meta de vendas

A diretoria do Estacionamento Rotativo estipulou metas de venda para seus agentes. Todos os 110 jovens do Programa da Criança e do Adolescente (PCA) que trabalham na Zona Azul, como é chamado o estacionamento, devem vender vinte folhas de aluguel das vagas por dia. A medida foi tomada há cerca de 30 dias para tentar evitar prejuízos financeiros com o serviço, mas tem gerado críticas. Segundo os próprios agentes, em alguns setores não há com cumprir a meta por causa do pouco número de usuários que utilizam o estacionamento.

O funcionamento da Zona Azul é em sistema de talonários orientados pelos adolescentes do PCA, de 16 a 18 anos, que são treinados para trabalhar no rotativo, inclusive com aulas de informações turísticas. O sistema funciona das 9h às 17h de segunda a sexta-feira e aos sábados das 8h às 12h, com um custo de R$ 1 por hora.

Como é uma lei municipal, o motorista que não pagar o Estacionamento Rotativo está sujeito à multa de R$ 58 e perda de três pontos na carteira. O dinheiro arrecadado é destinado à Associação de Assistência à Pessoa com Deficiência de Araxá (Fada), que atende pessoas com deficiências físicas, permanentes ou temporárias.

A gerente do Estacionamento Rotativo, Silvana Regina, diz que não tem como pagar os agentes se não haver uma venda mínima. “Implantamos esse sistema porque não é viável manter um agente na rua por 4 horas e ele vender R$ 2, o custo diário de um adolescente para o Estacionamento Rotativo é de R$ 18,60.

É bom esclarecer que quem não cumprir a meta não é demitido. Acontece demissão porque muitos agentes não têm disciplina para trabalhar, ficam sentados, não atendem os usuários e outro grande problema é a quantidade de falta que eles têm. Como um usuário do estacionamento não consegue achar um agente da Zona Azul se a gente tem 110 adolescentes trabalhando diariamente? Portanto, o problema é que os agentes não querem vender”, esclarece.

De acordo com ela, um outro motivo para a implantação das metas foram os vários problemas criados em relação ao recebimento da advertência pelos agentes.

“Muitos usuários reclamaram que têm que se deslocar até a sede do Estacionamento Rotativo para pagar a advertência, mas essa foi uma forma de evitar desvio de dinheiro por parte dos agentes. Alguns adolescentes estavam embolsando o dinheiro da advertência e o usuário continuava com penalidade que valeria uma multa se fosse encaminhada à Polícia Militar. No primeiro mês que tomei a decisão que o recebimento seria recolhido pelos monitores ou na sede foi recolhido cerca de R$ 1,6 mil, em janeiro passado não arrecadamos R$ 500 de advertência”,diz.

“Portanto, ficou muito claro que estava tendo um desvio de dinheiro em cima de advertência e nós conseguimos enxergar o que estava acontecendo nas ruas”, ressalta a gerente. Segundo ela, a decisão da criação de uma meta de vendas para cada agente foi repassada para os pais. “Nós estamos orientando esses jovens, em qualquer empresa existe um sistema e com a gente não poderia ser diferente. Estipulamos essa meta para evitar prejuízos financeiros e conseguir cumprir um dos nossos objetivos que é criar receita para a Fada e também não prejudicar o usuário que paga corretamente o estacionamento”, acrescenta Silvana.

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