O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou nesta sexta-feira (22) as Contas Regionais do Brasil 2011, com os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) anual do país e de seus estados. Comparando a participação relativa dos estados no PIB brasileiro na série histórica de 1995 a 2011, Minas Gerais é o estado que teve maior evolução, ao lado do Mato Grosso, com variação de 0,7 pontos percentuais. No período, a participação da economia de Minas no PIB nacional cresceu de 8,6% para 9,3%.
De acordo com o estudo, o PIB de Minas Gerais passou de R$ 351,4 bilhões em 2010 para R$ 386,2 bilhões em 2011, em valores correntes, com variação positiva nominal de 9,9%. O valor mantém o estado com a terceira maior participação na economia brasileira, que também apresentou incremento de 9,9%, passando dos R$ 3,770 bilhões em 2010 para R$ 4,143 bilhões em 2011.
Em 2011, o PIB per capita de Minas Gerais manteve sua trajetória de crescimento, alcançando R$ 19,5 mil, também em valores correntes, enquanto o PIB per capita do país foi calculado em R$ 21,5 mil. Com estes resultados, o valor do PIB per capita de Minas corresponde a 90% do valor referente ao conjunto do país.
A evolução dos preços dos subsetores da indústria de extração mineral e da agropecuária em 2011 contribuiu para a manutenção da participação do PIB do estado na economia brasileira. O setor de produção e distribuição de energia, água e saneamento, que tipicamente concentra indústrias de utilidade pública que operam com preços controlados, também contribuiu decisivamente para este cenário.
Contexto
O bom desempenho econômico registrado em 2010, tanto para Minas, quanto para o Brasil, foi diretamente atingido pela deterioração do cenário econômico na União Europeia e pela acentuada desaceleração do ritmo de crescimento da economia dos Estados Unidos. Neste cenário, a economia nacional perdeu dinamismo na demanda de exportações e o Banco Central brasileiro foi obrigado a proceder uma rápida elevação da taxa de juros.
Mesmo assim, o movimento dos preços das commodities determinou forte apreciação do produto agregado no subsetor da indústria de extração mineral, cujo deflator evoluiu com variação positiva de 45,5% em 2011. Em menor medida, a mesma situação foi verificada na variação do deflator do setor agropecuário. Nos dois subsetores, a evolução dos preços foi importante para explicar o aumento da participação de Minas no valor adicionado bruto da economia brasileira, de 3,0% em 2010 para 4,1% em 2011 e de 5,3% para 5,5%, respectivamente.
Contas regionais
Em razão de mudanças metodológicas em curso no âmbito do Sistema de Contas Regionais do Brasil, coordenado pelo IBGE em parceria com os institutos estaduais de estatística – no caso de Minas Gerais, a Fundação João Pinheiro – as taxas de crescimento anual dos estados e de setores da economia não foram divulgadas.
Fonte: Agência Minas