A demora no atendimento e a falta de medicamentos têm sido as principais reclamações dos usuários da Farmácia Municipal, pacientes da rede pública através do Sistema Único de Saúde (SUS). Desde o início desta semana, eles reclamam que apenas um servidor está prestando o atendimento em determinados horários, causando grande demora e tumulto na fila de espera.
“Nós temos duas equipes que trabalham na Farmácia Municipal, sendo sete pessoas na parte da manhã e outras sete no período da tarde. O que acontece é que tivemos uma transição de servidores no local e está acontecendo alguns atrasos, mas já está sendo ajustado”, afirma o secretário municipal de Saúde, Antônio Marcos Belo.
Em relação à falta de medicamentos, o secretário afirma que a Farmácia Municipal teve grande aumento na demanda porque o governo federal estaria revendo o programa Farmácia Popular, que oferece medicamentos a baixo custo em farmácias conveniadas da rede privada.
“A Farmácia Popular diminuiu o número de medicamentos e essas pessoas se dirigiram à Farmácia Municipal, havendo uma sobrecarga de serviço, houve uma queda muito brusca na quantidade de medicamentos que nós tínhamos planejado. Agora estamos na fase de ajuste para ver se aguardamos a Farmácia Popular se estruturar ou se adequamos o nosso estoque à situação”, afirma Antônio Belo, acrescentando que a secretaria já fez um pedido em caráter emergencial para repor o estoque da Farmácia Municipal.
Entretanto, quatro gerentes das primeiras farmácias de Araxá conveniadas com o Ministério da Saúde dizem que o programa Farmácia Popular não sofreu alterações em Araxá.
Um deles afirma que atualmente vem atendendo vários usuários da Farmácia Municipal na procura de medicamentos da lista do SUS. “Nunca tivemos falta de remédios pela Farmácia Popular, até mesmo porque nós pagamos por eles e o Ministério nos repõe o valor do desconto depois de 60 dias. Lá (Farmácia Municipal) é que deve estar em falta mesmo”, explica.
Farmácia Popular
Os gerentes explicam que os medicamentos da Farmácia Popular são adquiridos pelo sistema de copagamento. O governo federal paga uma parte do valor dos medicamentos e o cidadão paga o restante.
O valor pago pelo governo é fixo e por isso o cidadão pode pagar menos para alguns medicamentos do que para outros, de acordo com a marca e o preço praticado pela farmácia.
Mas, em geral, a população pode pagar até um décimo do preço de mercado do medicamento. Para ter acesso a esta economia, basta que a pessoa procure uma drogaria com a marca “Aqui tem Farmácia Popular” e apresente a receita médica acompanhada de seu CPF, assinando, posteriormente, a nota fiscal (algumas exigem cópia da receita e comprovante de residência).
