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Prevenção é a melhor arma para combater o Reumatismo

Prevenção é a melhor arma para combater o Reumatismo

O dia 30 de outubro é o Dia Nacional de Luta Contra o Reumatismo, uma doença que se apresenta de forma variada, podendo se iniciar não só em idosos, mas também em crianças e adolescentes. A prevenção é a melhor forma de se evitar a artrose, a artrite, a osteoporose, assim como os outros tipos de reumatismo.

“Algumas medidas, como hábito de vida saudável, com uma alimentação rica em cálcio é algo eficaz contra esse mal”, alertou Eduardo José do Rosário, médico analista da Reumatologia da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG). Evitar o fumo, o excesso de bebida alcoólica e cafeína e realizar atividades físicas regularmente também são outras maneiras de se manter livre dessas doenças.

No caso de crianças, a melhor prevenção é o diagnóstico precoce, conforme disse Eduardo. “Se a criança que já tem predisposição genética, apresenta sintomas como dores nas juntas e articulações, o responsável deve procurar um especialista o mais rápido possível.”

A doença

Atualmente constam mais de 100 tipos de reumatismo, sendo que os mais comuns são a artrose, a artrite reumatóide e a osteoporose. Segundo Eduardo, esses tipos são os de maior impacto na sociedade. A artrose torna-se evidente a partir dos 30 anos de idade, tendo como tecido inicialmente alterado a cartilagem, pode progredir e levar à destruição da articulação ou até mesmo estagnar a qualquer momento.

Nas mulheres, os dedos das mãos são os mais atingidos pela artrose, que tem grande incidência familiar. Já em obesos, as articulações que recebem carga, como joelhos e quadris são as que mais apresentam problemas, por isso é importante que as pessoas prestem atenção a essas regiões do corpo, já que “a prática de esporte de alto impacto e a obesidade são fatores de risco da artrose”, alertou Eduardo.

A artrite reumatóide se caracteriza por uma inflamação articular persistente e é mais freqüente em mulheres e os primeiros sintomas aparecem entre 30 e 50 anos de idade. Uma das características da artrite é a rigidez matinal, ou seja, após uma noite de sono os pacientes amanhecem com dificuldade em movimentar as articulações, e essa dificuldade pode se prolongar por mais de uma hora. “Além da predisposição genética, fumar é um agravante nesse caso”, salientou o médico.

Já na osteoporose, a fratura é a manifestação clínica mais comum. É uma doença associada ao envelhecimento e os fatores que podem ser agravantes, como predisposição genética, além de menopausa precoce sem reposição hormonal.

Tratamento

As doenças reumáticas não têm cura, porém é possível seu controle. “Se o paciente seguir adequadamente o tratamento, ele tem resultados positivos, como o controle da dor. Por isso, é necessário que ele faça o tratamento”, enfatizou Eduardo.

O Sistema Único de Saúde oferece os medicamentos utilizados no tratamento da artrite e a osteoporose. Esses remédios, no entanto, são liberados somente após um processo realizado entre paciente, médico e SES, pois envolve, além da receita, protocolos, relatórios e documentação. A primeira etapa é a produção de um relatório médico indicando a necessidade do paciente em realizar aquele tratamento.

O paciente deve procurar a Gerência Regional de Saúde (GRS) a qual pertence para ter acesso ao formulário próprio e padronizado, que deverá ser preenchido e apresentado posteriormente com a seguinte documentação: relatório médico, datado e legível, constando o diagnóstico, a indicação do medicamento e a duração do tratamento; receita médica em 2 vias, datadas e contendo a posologia; Laudo de Solicitação de Medicamentos Excepcionais (LME), que deverá ser preenchido pelo médico; cópia dos resultados dos exames que confirmem o diagnóstico; cópia do CPF e Identidade do paciente; cópia do comprovante de residência do paciente e telefone de contato e termo de Consentimento Informado preenchido pelo paciente e pelo médico assistente.

Após preencher a documentação, o paciente deve retornar à GRS, onde o processo será montado e encaminhado para análise técnica dos especialistas da SES, sendo o medicamento liberado ou não ao final desse processo. Caso o processo seja deferido, ou seja, caso o medicamento seja liberado, o usuário é informado e a data do início do fornecimento é agendada.

Os medicamentos padronizados e disponibilizados pela SES/MG, no Programa de Medicamentos Excepcionais , para o tratamento de Artrite Reumatóide são: Azatioprina 50 mg, Ciclosporina 25, 50, 100 mg, solução oral Cloroquina 150 mg, Etanercepte 25mg e 50mg, Hidroxicloroquina 400 mg, Infliximabe 10mg/mL, Leflunomida 20 mg, Adalimumabe 40 mg, Metotrexato 25mg/mL e Sulfassalazina 500 mg. Atualmente, 4600 pacientes de artrite reumatóide estão cadastrados no Programa de Medicamentos Excepcionais/Alto Custo/SES/MG e recebem medicamentos regularmente.

Além desses, antibióticos, antiinflamatórios e analgésicos, que auxiliam nesses tratamentos são distribuídos pela Assistência Básica Farmacêutica.

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