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Projeto de oficinas de Congada é lançado em Araxá

Projeto de oficinas de Congada é lançado em Araxá

Foto: Caio Aureliano

DA REDAÇÃO/CAIO AURELIANO – Nesta quarta-feira (8), foi lançado o projeto denominado Oficinas de Congada: Cultura e Tradição, no Centro de Reeducação do Adolescente de Araxá (Cerad). O projeyo oferece aulas gratuitas de Dança de  Congada e Percussão para crianças e adolescentes na faixa etária entre 8 e 18 anos, contemplando 100 elementos das zonas periféricas do município de Araxá, principalmente os que fazem parte da área de vulnerabilidade social. O projeto vai ter duração de 12 meses.

A congada também conhecida como “congado” ou “congo”, trata-se de um festejo folclórico afrobrasileiro, um movimento cultural sincrético, que envolve danças, cantos, levantamentos de mastros, coroações e cavalgadas, expressos na festa do Rosário plenamente no mês de outubro.

Com recursos de cerca de R$ 300 mil obtidos por via Lei Rouanet (Ministério da Cultura), o projeto já teve o seu início oficial em 15 de abril para viabilizar a sua pré-produção referente a montagem de logística, aquisição de instrumentos, a formação da equipe (psicológico, assistente social, dentre outros profissionais).

As aulas já começam a ser ministradas a partir da próxima semana. Segundo a gestora do projeto, Sônia Passos, essas oficinas de congada resgatam das tradições da região, por meio de atividades voltadas a crianças e adolescentes na faixa entre 8 e 18 anos. “Ao todo, serão 100 elementos beneficiados. Teremos dois núcleos; um será executado no Cerad para os menores que se encontram em processo de ressocialização de inclusão na sociedade e outro núcleo será desenvolvido na escola Eduardo Montandon”, diz a gestora.

“No Cerad, será processo de musicalização, os internos vão aprender a tocar tambores e no Eduardo Montandon, as crianças vão aprender a confeccionar esses instrumentos, o material que envolve todo o processo da congada”, completa.

De acordo com o coordenador do Cerad, José Danilo Borges Araújo, o adolescente não vive somente atrás de uma grade e precisa de projetos como este para ser ressocializado. “Estamos lançando esse projeto porque para nós é muito interessante. Não adianta ter lá adolescente atrás de uma grade. Eu vou lá, dou uma alimentação e levo no médico, mas preciso que, na hora que ele saia daqui, se sinta que é uma pessoa capaz de viver uma vida decente diante da sociedade”, ressalta Danilo.

Segundo o juiz da Vara da Infância e da Juventude, Renato Zouain Zupo, o projeto chama a atenção por valorizar a cultura brasileira. “Espero que os nossos jovens aprendam que é muito gostoso ser brasileiro. A nossa cultura é muito rica e merece ser conhecida por todos”, coloca o juiz.

O presidente da Câmara Municipal, Miguel Júnior, destaca que a Câmara está a disposição para apoiar essa iniciativa. “Quando se fala em inclusão, me sinto muito sensibilizado para falar desse assunto. Por mais que a pessoa erre, nós temos que ter a crença e a esperança de que todos nós podemos mudar o nosso processo de ser de transformação espiritual, genética e física. Esse projeto é muito importante para Araxá”, afirma o presidente.

“O que é preciso nesses adolescentes e jovens é essa conscientização que necessitamos não pensar nele (infrator) como uma arma para a sociedade e, sim, como uma pessoa que precisa ser ressocializada”, enfatiza o presidente da Fundação da Criança e do Adolescente de Araxá (FCAA), Tiago Borges. 

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