Roberto não poupa críticas ao Executivo e pede cassação do prefeito

Roberto não poupa críticas ao Executivo e pede cassação do prefeito

Vereador Roberto do Sindicato - 09.07.13 - Ascom Câmara

Primeiro orador da reunião ordinária desta terça-feira (9), o vereador Roberto do Sindicato (PP) não poupou críticas ao Poder Executivo em seu pronunciamento, principalmente na questão da Casa do Caminho que atualmente passa por dificuldade financeira em sua unidade hospitalar e suspendeu os atendimentos clínicos e cirúrgicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) alegando falta de apoio do Município e reivindica o repasse integral de R$ 900 mil que estão previstos no Orçamento Municipal vigente.

O vereador foi além e lembrou que em passado recente o Legislativo aprovou projeto do Executivo que autorizou a destinação de recursos para a produção de um filme longa-metragem (foram R$ 700 mil na época), além de o Município durante a administração passada e atual do prefeito Jeová Moreira da Costa (PDT) mais de R$ 15 milhões, sendo que a obra do prédio da hemodinâmica está paralisada há bastante tempo.

Relatou ainda sobre 40 lotes que a Prefeitura teria adquirido na região do Barreiro, outro na região do Posto Miguelinho e outro na região do Aeroporto, contestando esta conduta e classificando que o Município não precisa de terreno para ganhar dinheiro, no qual foram gastos milhões, sendo que o Distrito Industrial possui áreas para doação de graça, com infraestrutura, para receber instalação de empresas.

Criticou também projeto que está em tramitação no qual o Executivo pede autorização para aquisição de área da Cemig para ser repassada a uma empresa que sequer tem certidão negativa, conforme pesquisou em sites de órgãos judiciais, além de constar em contrato social capital de apenas R$ 1 mil.

O vereador também conclamou apoio dos demais pares, lembrando que o plenário recentemente aprovou requerimento de sua autoria para que a Casa não vote projetos de criação de cargos que estão na pauta até que o impasse quanto à correção salarial reivindicada pelos servidores da Prefeitura e Câmara seja resolvido.

E prosseguiu fazendo críticas ao prefeito, chegando a pedir algumas vezes que o momento é para que ele tenha o seu mandato cassado. “É hora desse prefeito ir embora, não é patrimônio de Araxá, não é de Araxá, é um intruso que vem para criar problemas.  Em tudo que dá certo ele entra no meio e atrapalha, e ainda querem passar a mão na sua cabeça. Lembro de uma reunião em que ele citou que aprendeu a fazer política, mas simula e dissimula, não cumpre, é o que ele mais faz”, disse.

Roberto lembrou ainda sobre a questão do PCA, “no qual foram doados R$ 4,5 milhões pela CBMM em 28 de dezembro passado, sendo que os recursos foram segurados pela Prefeitura até o dia 28 de fevereiro, deixando funcionários sem salários e sem recolhimento do FGTS no intuito de fazer caixa e passar com despesas a pagar para fechamento do caixa (orçamento)”.

“É momento da união, até cassar se for preciso, não deixar covardias acontecerem, provocadas pelo prefeito, fazer sofre. Dinheiro tem, e muito, mas há pirraça, totalmente diferente, vamos nos unis para não deixar arbitrariedades com esta cidade. Entre prefeito e Tadeu, sou 300 vezes Tadeu, que é cidadão araxaense”, relatou.

O vereador também fez críticas ao governador do Estado (Antonio Anastasia) pelo fato de Minas Gerais ser o único Estado a não ter a criação de um salário mínimo estadual, além de praticamente quatro anos de governo fazer somente uma ação para Araxá, onde obteve mais de 85% dos votos para governador, “a superfaturada obra do trevo no acesso ao Distrito Industrial, um ‘servicinho’ que custou R$ 3 milhões.

Roberto apresentou ainda requerimento ao Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Araxá pedindo documentos que autorizaram e regularizaram a construção de um posto de gasolina na avenida Hitalo Ros (trevo para os bairros Santa Rita e Jardim Bela Vista) em área pertencente ao Estado, e ainda sobre áreas na avenida do Comboio (em frente à Creche Municipal Balão Mágico) e na rua Sebastiana Eustácia Ferreira, no bairro Santa Mônica, que foram cercadas, “provavelmente por empresários amigos do prefeito”.

Também apresentou requerimento ao Poder Executivo reivindicando melhorias no estacionamento do Velório Municipal Passo da Saudade, atualmente em situação bastante precária.

Apresentou ainda Moção de Pesar aos familiares do Padre Adelson Caetano Zambon pelo seu falecimento, pessoa esta com quem teve oportunidade de conviver nos tempos de estudante do Colégio Dom Bosco e também conviveu com seus três filhos que também estudaram naquela instituição.

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