Algumas doenças se proliferam com mais facilidade durante o Verão devido às altas temperaturas, à umidade e ao uso compartilhado de ambientes públicos, como praias e piscinas.
Entre elas estão as micoses superficiais (afecções causadas por fungos, limitadas à camada superficial da pele, cabelos, unhas e mucosas) e o bicho geográfico (também chamado de Larva Migrans), uma infestação causada pela larva de um parasita (verme) do intestino de cachorros e gatos.
“As micoses superficiais e o bicho geográfico devem sempre ser tratados e acompanhados pelo médico, pois, em geral, provocam coceiras que levam às escoriações e infecções secundárias que podem complicar o caso”, explica a dermatologista da Coordenação Estadual de Dermatologia Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Maria Aparecida Grossi.
As micoses superficiais ocorrem mais frequentemente no Verão, pois os fungos se desenvolvem com mais facilidade em ambiente quente e úmido. Os fungos são encontrados em praias e piscinas, e também no solo, nos animais e no homem.
A transmissão ocorre por contato direto ou por meio de objetos contaminados. “Uma boa dica para evitar o fungo é manter a pele seca, especialmente nas dobras cutâneas, e vestir roupas mais frescas e claras para acumular menos umidade e a transpiração. Proteger os pés com o uso de calçados em lugares com água e areia também ajuda a evitar”, explica a médica.
Já a verminose do cão e do gato e, ocasionalmente, as mucosas do ser humano, formam lesões principalmente nos pés, que causam vermelhidão e coceira. “Acomete todas as idades sendo mais frequente em crianças em contato com areia ou terra contaminada”, esclarece Maria Aparecida.
Tratamento
O tratamento das micoses superficiais deve ser orientado pelo médico e varia com o local acometido, além do estado geral de seu portador. É mais simples o tratamento quando compromete somente a pele e em pessoa com boa saúde.
Os medicamentos incluem sabonetes, xampus, cremes, pomadas, comprimidos, cápsulas e, muito raramente, injetáveis. O tempo de tratamento é variável, de acordo com a área acometida e das condições de saúde do paciente.
“A micose superficial não tratada pode disseminar por todo o corpo, o que é prevenido com o tratamento adequado e precoce”, alerta Maria Aparecida.
Já o tratamento do bicho geográfico também deve ser orientado pelo médico, sendo realizado com antiparasitários (vermífugos). O tempo de tratamento varia de uma a duas semanas, em média.
VIA AGÊNCIA MINAS