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Secretaria Municipal de Saúde alerta para o combate à dengue

Secretaria Municipal de Saúde alerta para o combate à dengue

Com a chegada do período chuvoso em setembro, aumenta a possibilidade do surgimento de criadouros do mosquito transmissor da dengue em todo o país. A Secretaria Municipal de Saúde já alerta a população sobre a importância da prevenção contra os focos do Aedes aegypti nesta época do ano e intensifica o trabalho preventivo dos agentes do Setor Zoonoses.

Com uma estratégia renovada, a ação terá foco antes do período de maior infestação que acontece no verão. O Ministério da Saúde já registrou este ano 788.809 casos de dengue, um aumento de 159% em relação a 2009, com 367 mortes (crescimento de 68%).

Os casos de dengue confirmados em Araxá em 2010 já é o maior dos últimos anos. Até agora foram atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) 123 pessoas com sintomas da doença. Em 2008, os números eram bem menores.  A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para evitar a criação do mosquito transmissor da doença.

Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

De acordo com o secretário Antônio Marcos Belo, o momento é de dobrar a atenção. “Devemos intensificar os cuidados com lugares que na época da seca ficavam mais esquecidos, como calhas e outros locais onde a água pode parar, gerando um novo foco. O Ministério da Saúde nos alterou para não deixar repetir o quadro de 2009 e a tendência é que isto aconteça porque os ovos do Aedes aegypti estão parados e quando entram o período de chuvas eles eclodem”, afirma.

“É necessário estarmos em alerta neste período de chuvas que vai começar e estamos definindo ações para tentar reduzir o número de casos. A primeira medida é colocar o agente comunitário de saúde atuando junto com o agente de indenize, o que vai aumentar a capacidade de prevenção”, acrescenta.

Segundo Antônio Belo, uma pesquisa apresentada pela Secretaria de Estado da Saúde diz que 92% da população sabem da necessidade de se prevenir contra a dengue. “Mas apenas 51% tomam as medidas necessárias, o restante colocam todos os moradores em risco. Portanto, não adianta a gente intensificar o trabalho da nossa equipe se a gente não tiver a parceria da comunidade.”

“As pessoas devem ter em mente que o ciclo de vida do mosquito dura de oito a doze dias. Se os moradores fizerem o trabalho preventivo uma vez por semana vão eliminar os problemas”, destaca o secretário,

Vírus tipo 4

Depois de confirmados pelo menos três casos de dengue tipo 4 no país, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, emitiu um alerta nacional às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde para que redobrem o trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti para evitar a circulação do sorotipo 4 do vírus da dengue.

Como o sorotipo não é registrado no país há 28 anos, a maioria da população brasileira não é imune a ele e há risco de epidemias nos próximos anos causadas pelo DEN-4.

Outro risco é o de aumento de casos graves, pois sucessivas infecções pelo vírus da dengue trazem possibilidade de formas mais perigosas da doença, como a febre hemorrágica. Temporão afirmou que o ministério está preparado para “enfrentar uma hipotética ampliação da circulação do vírus 4 no próximo verão.

De acordo com o Ministério da Saúde, os outros três sorotipos virais (1, 2 e 3) estão presentes de forma heterogênea por todos os estados. Os sintomas e tratamento para as quatro variações de dengue são os mesmos, mas a presença do vírus tipo 4 aumenta a probabilidade de uma pessoa se infectar novamente, podendo contrair a forma mais grave da doença, a hemorrágica que é mais agressiva e pode levar à morte.

Em Minas Gerais, segundo Estado com maior número de ocorrências, atrás apenas de São Paulo, 26 pessoas perderam a vida por causa da dengue hemorrágica. O Ministério da Saúde vem investindo mais de R$ 1 bilhão no combate à dengue.

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