A dosagem da vacina contra a febre aftosa será reduzida de 5 ml para 2 ml na próxima etapa de vacinação de bovinos e bubalinos que será realizada no mês de maio deste ano em Minas Gerais.
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) é o órgão responsável pela gestão da campanha de vacinação e fiscalização do comércio de vacinas no estado. O produtor não poderá mais utilizar vacinas de 5 ml, assim como o estabelecimento estará proibido de comercializar essa dosagem. Deverão ser imunizados na primeira etapa de vacinação deste ano em Minas Gerais cerca de 23,5 milhões de animais.
De acordo com o fiscal agropecuário do IMA, Natanael Lamas Dias, a mudança determinada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é positiva para os produtores rurais e indústria da carne bovina. “A alteração da dose da vacina, de 5ml para 2ml, deve-se à expectativa de diminuir as reações vacinais com a aplicação do produto, uma reivindicação do setor produtivo e da indústria da carne. Além disso, com frascos menores, as vacinas ocuparão menos espaço, facilitando o transporte e reduzindo o custo de refrigeração”, explicou.
Cuidados com a vacinação
O fiscal agropecuário do IMA ressalta que a vacina deve ser adquirida em estabelecimento credenciado e conservada em temperatura entre dois e oito graus centígrados do momento da compra até a vacinação dos animais. Para conservar as vacinas os produtores deverão manter a seringa já com as doses para aplicação em caixa de isopor com gelo. Recomenda-se também programar a aplicação para os horários mais frescos do dia. “Durante a vacinação, é preciso manter a seringa e as vacinas na caixa térmica, usar agulhas novas, adequadas e limpas e agitar o frasco antes de utilizar a vacina. A higiene e a limpeza são fundamentais para uma boa vacinação. O lugar correto de aplicação no animal é a tábua do pescoço e preferencialmente por via subcutânea”.
A doença
A febre aftosa é uma doença causada por um vírus, altamente contagioso e que pode trazer grandes prejuízos econômicos para os produtores, pois afeta o comércio internacional, principalmente em países como o Brasil, que possuem uma exportação bastante expressiva de produtos pecuários. A doença é transmitida pela saliva, nas aftas, no leite, no sêmen, na urina e nas fezes dos animais doentes, e também pela água, ar, objetos e ambientes contaminados. O vírus ainda pode permanecer nas roupas e sapatos das pessoas que tiveram qualquer contato com esses animais. Uma vez doente, o animal pode apresentar febre, aftas na boca, lesões nas tetas e entre as unhas. Outros sinais são inquietação, salivação (babeira) dificuldade de mastigar e engolir alimentos e tremores, com queda na produção de carne e leite.