DA REDAÇÃO/CAIO AURELIANO – A Fundação Cultural Calmon Barreto (FCCB) é palco pela segunda vez do Festival Literário de Araxá (Fliaraxá), uma promoção do Ministério da Cultura e Circuito CBMM de Cultura. Até domingo (22), grandes atrações desfilam no evento que aborda o tema “Viagem a Literatura”. A segunda edição que começou nesta quinta-feira (19) está com muitas novidades.
Além das atrações na Estação Literária, o festival criou o “Vagão Literário”, um espaço de oficinas e palestras com grandes escritores que expõem a experiência de vida de cada um com a literatura. Outra novidade também é a transmissão on-line do festival que está disponibilizada no www.fliaraxa.com.br e também aqui no Diário de Araxá.
De acordo com o jornalista Afonso Borges, que idealizou o evento, o 2° Fliaraxá chega totalmente reformulado para este ano. “De 80 metros quadrados de livraria passamos para 250, o coreto onde se vai tocar música instrumental maior e mais rico de informação, o auditório, bem dimensionado, e uma livraria com mais de 35 mil livros. Estamos utilizando um espaço muito maior aqui dentro da fundação, são 5520 metros quadrados para o festival literário. Tudo com entrada franca e é o único festival brasileiro até agora totalmente transmitido o tempo inteiro pela internet”, reforça o jornalista.
Estação Literária
O escritor Roberto Carlos Ramos foi o primeiro a se apresentar no Fliaraxá com o tema “O Contador de Histórias – Literatura e Desafios” na Estação Literária. Depois, os escritores Marcelo Yuka, ex-baterista do Rappa e Paula Pimenta foram atrações. Ainda teve abrindo a primeira noite do Fliaraxá as escritoras Mary Del Priore e Ângela Gutierrez abordando o tema “Viagens pela História, Patrimônio e Memória”.
Mary diz que os livros são excelentes companheiros e considera a leitura como uma forma de viajar ao mundo do conhecimento. “Comecei a ler muito cedo. Fui uma criança que gostava menos de brincar com os outros e mais de ficar lendo. Sempre cresci perto de livro. É uma coisa importantíssima, os pais entusiasmarem as crianças estarem perto de livros. Dar um pouquinho de atenção, ler um conto antes de dormir, contar uma história que conheci, isso faz bem para criança”, diz Mary.
Para a escritora, o conhecimento é infinito, bastar tê-lo e saber usá-lo. “Temos que mostrar para a criança que nas menores coisas há história quando passa na porta de uma igreja, na frente de um cemitério ou você usa um instrumento na cozinha que foi da avó, acho que temos mil maneiras de valorizar a nossa história”, comenta a escritora.
Encerrando o dia do festival na Estação Literária, Amyr Klink e família mostraram que a literatura e navegação fazem uma grande dobradinha do conhecimento. Durante a atração, Amyr, destacou que quando se viajar é necessário “ir mais além” absorvendo a cultura de cada povo.
Com vasto conteúdo obtido em suas viagens, a busca pelo conhecimento atraiu a sua família. Enquanto que a sua esposa Marina Klink é fotógrafa e registra as mais belas imagens da natureza desde os anos 1980, as filhas Laura, Tamara e Marianinha escreveram o livro “Férias na Antártica”, um relato de viagem com as lembranças de cinco expedições de sua família ao continente antártico, onde focas, pinguins, baleias e muitos outros animais passam o verão.
A família mostrou um grande entrosamento ao relembrar de grandes histórias, mas também de apontar que o conhecimento adquirido pela leitura é o melhor caminho para ser percorrido e se destacar nos dias de hoje.
3° Fliaraxá em outubro de 2014
Afonso Borges informa que a terceira edição do Fliaraxá já está confirmada entre os dias 8 e 12 de outubro de 2014 com uma vasta programação que pretende contemplar as crianças e os adolescentes na FCCB. “A população araxaense tomou para si o evento, criou um carinho e isso é muito interessante. Não estou inventando a roda, eu simplesmente espelhei a vocação cultural e artística que sinto dos araxaenses”, completa o jornalista.
Para a presidente da FCCB, Débora Arantes Afonso Francisco, Araxá é privilegiada em receber um festival com vasta programação cultural. “Estamos impressionados com a quantidade de crianças e adolescentes que estão interagindo, isso é muito gratificante para gente. Acho que um festival vem despertar as nossas crianças e os nossos jovens o prazer que o livro pode nos dar e a dimensão que a gente tem no mundo e nos sonhos que compartilhamos com os escritores”, salienta a presidente da FCCB.
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