Alberto Pinto Coelho é apontado como candidato natural ao governo de Minas

Alberto Pinto Coelho é apontado como candidato natural ao governo de Minas

Alberto Pinto Coelho, vice-governador de Minas - Foto: Alexandre Guzanshe/AE

Aristóteles Drummond Os vice-candidatos naturais – Neste momento de criatividade e atividade voltadas para alianças eleitorais com vistas às municipais deste ano, e já procurando amarrar coligações para 2014, os caciques no poder, inclusive nos estados, demonstram inacreditável soberba. Inimaginável aos que atingem o topo não terem um mínimo de humildade diante de área tão imprevisível como é a política, especialmente quando a palavra final vem do povo.

Pelo menos dois meses antes das convenções para confirmarem os acordos de cúpula, as pesquisas começam a ser publicadas. E fica cada vez mais difícil se enfrentar a manifesta vontade popular, que logo corre para a internet e a imprensa acaba registrando. Não adianta se armar dentro de um grupo com mais de um nome, se as pesquisas estiverem registrando outro, que naturalmente não queira abrir mão da candidatura. Os campeões de pesquisas precisam deixar claro que não estão na disputa. E isto deve ser combinado antes.

Pesquisa não elege, mas ajuda a formar alianças e consolidar candidaturas. Em 2010, ficou claro que o erro de Aécio Neves foi sua ausência no cenário nacional – pessoalmente ou pela mídia. Tal fato deu vantagem a seu oponente no partido, que já tinha uma candidatura presidencial, fora ministro e prefeito da maior cidade do país. Apesar de rejeitado pela postura censurável na vida pública, a posição nas pesquisas favoreceu o equívoco de sua indicação pelo PSDB, que tinha no núcleo paulista uma forte base.

No Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral, de alta popularidade e bons resultados na gestão, tem no seu vice, Pezão, o candidato anunciado e reconhecido parceiro na grande obra que vem sendo realizada nestes dois mandatos. Mas é preciso que, na base aliada, não tenha um nome que corra por fora, que possa surpreender nas pesquisas e criar uma divisão desaconselhável aos interesses do Estado do Rio, que ainda depende muito da continuidade da atual orientação.

Em Minas, a continuidade administrativa é fundamental para que o Estado prossiga ganhando espaços na economia nacional e consolide projetos de monta já desenhados. A mais, a corrida dos investidores para o Estado se deve ao pressuposto da continuidade da orientação firme e responsável.

Como no Rio, o candidato natural e ideal é o vice-governador Alberto Pinto Coelho, discreto, leal, cumpridor e com a confiança da classe política, da base ou não, singular nas últimas décadas como grande político de atuação regional. Um Pio Canedo redivivo.

Foi o grande presidente da Assembleia Legislativa e tem uma bonita história de lealdade e permanente cordialidade. Não pode ser atropelado por nenhum nome que venha a ser criado e muito menos deixar espaço para o trabalho da oposição, que a esta altura só tem no ex-prefeito Patrus Ananias um nome sem suspeições. O PMDB dificilmente dará nova chance ao ex-senador Hélio Costa, uma vocação para a derrota na disputa estadual.

São Paulo, fragmentado, só teria mesmo confiabilidade numa gestão responsável, com reais chances de vitória, com o vice Afif Domingos. Fora dele, há incerteza de resultado e mais ainda de gestão da grande metrópole. Lá, em 2014, tem no governador o candidato mais do que natural.

Artigo publicado no jornal Hoje em Dia (BH).

Notícias relacionadas