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Araxá sedia fase internacional do principal concurso de cafés especiais do país

Araxá sedia fase internacional do principal concurso de cafés especiais do país

Araxá sedia fase internacional do principal concurso de cafés especiais do país 1

A Cooperativa Agropecuária de Araxá (Capal) recebe, entre os próximos dias 19 e 23, a fase internacional do Cup of Excellence Naturals 2014, o principal concurso de cafés especiais do país.

As provas e julgamento das amostras selecionadas serão realizadas em parceria com o Centro Universitário do Planalto de Araxá (Uniaraxá) e a cerimônia de premiação acontece no Tauá Grande Hotel do Barreiro.

O objetivo do evento é mostrar ao mercado internacional que o Brasil produz cafés especiais de altíssima qualidade, comparáveis aos melhores do mundo e que tais cafés podem ser vendidos a preços recordes, como ocorreu no ano passado, com o lote vencedor sendo comercializado por preços recordes.

O concurso Cup of Excellence foi iniciado por um grupo de profundos conhecedores de café juntamente com o suporte de entidades do governo e organizações não governamentais (ONGs), com o objetivo de recompensar os produtores por seus esforços e trabalho. A Associação Brasileira de Cafés Especiais – também conhecida como BSCA – realiza este concurso desde o ano 2000, e hoje conta com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Agência de Promoção de Exportações do Brasil (Apex-Brasil) e da “Alliance for Coffee Excellence” (ACE).

Este concurso está aberto a todo produtor brasileiro de café arábica, sendo uma das ações do Plano Internacional de Marketing para a Promoção dos Cafés Especiais Brasileiros proposto pela associação.

A diretora-executiva da Associação, Vanusia Nogueira, destaca que o objetivo do concurso, voltado exclusivamente para os cafés naturais, é estimular essa grande parcela de produtores do país a adotarem as melhores práticas culturais em suas lavouras.

“Focar a qualidade sempre tem sua recompensa. Ao se preocupar com a sustentabilidade ambiental e social em sua propriedade, o produtor tem como prêmio um melhor retorno financeiro, pois é grande o interesse dos compradores pelos cafés vencedores dos concursos com reconhecimento do tradicional certame Cup of Excellence. Também queremos aumentar a nossa participação nos mercados emergentes, onde há grande potencial de crescimento e onde temos notado, com nossas participações em feiras internacionais, que há uma excelente aceitação dos cafés brasileiros”, explica.

De acordo com o presidente da Capal, Alberto Adhemar do Valle Júnior, o projeto da cooperativa é promover a qualidade do café dos seus cooperados “Queremos promover a nossa região como produtora de cafés especiais junto aos mercados nacional e internacional e à comunidade consumidora. O projeto da Capal é capacitar e incentivar os cafeicultores a produzirem uma bebida especial, que seja diferenciada pela sua excelente qualidade, dentro de uma região já reconhecida pela sua indicação geográfica e denominação de origem.”

Segundo ele, o grande objetivo é tornar a microrregião de Araxá reconhecida como referência de produção de café especial no Cerrado Mineiro. “Clima, relevo, solo, identidade histórica, cultura, monumentos históricos, pontos turísticos visitados por pessoas de todo mundo. São diversos os fatores que favorecem para a produção de um café especial na nossa região. O mercado é  cada vez mais exigente por uma produção sustentável, que atende a demanda por uma nova atitude de produção, novas maneiras de pensar e agir, de produzir e de se fazer negócio. O objetivo é que nossa região conquiste a valorização e reconhecimento do mercado nacional e internacional de produtora de cafés especiais.”

Cafés especiais

A BSCA entende que, para um café ser considerado especial, ele precisa atender a requisitos mínimos de qualidade (80 pontos na escala Specialty Coffee Association of America – SCAA ou Cup of Excellence) e também pode atender a outros atributos que o valorizarão ainda mais, como as certificações de sustentabilidade, os orgânicos, os fair trades e as origens especiais, que podem ser caracterizadas por uma propriedade ou uma região demarcada oficialmente.

A produção de café especial está diretamente ligada a alguns fatores. Os principais são a escolha correta da cultivar, a localização, da topografia e do microclima da região e, posteriormente, dos tratos e do manejo antes, durante e após a colheita. Nas microrregiões onde encontramos os requisitos naturais expostos acima, chega a ser “fácil” produzir café especial, mas, nas outras áreas, também podemos chegar a esse patamar por meio da pesquisa, tecnologia e muito cuidado.

O Brasil tem 12 principais regiões produtoras de café (identificados como Sul de Minas, Matas de Minas, Chapada de Minas, Cerrado de Minas, Mogiana-SP, Montanhas do Espírito Santo, Conilon Capixaba, Paraná, Planalto da Bahia, Cerrado da Bahia e Conilon de Rondônia), o que evidencia a variedade de aromas e sabores dos cafés do Brasil. Mesmo sendo os aspectos sensoriais os mais relevantes na caracterização de um café especial, os padrões de sustentabilidade ambiental, econômica e social da cafeicultura brasileira cada vez mais têm influenciado na caracterização do produto.

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