Da Redação/Isabella Lima – No início de dezembro a Delegacia de Orientação e Proteção à Família se transferiu da sede da Polícia Civil para um local próprio, na rua Calimério Guimarães. Com o atendimento direcionado, o número de casos triplicou.
A delegacia atende mulheres, menores e idosos, além de casos do Juizado Especial (cuja pena máxima é de dois anos). Embora não seja exclusiva para casos de violência contra a mulher, esse tipo de ocorrência é responsável por 70% dos trabalhos.
As escrivãs fazem em média 25 atendimentos por dia e 15 ocorrências chegam à delegada diariamente. Mariana Pontes Andrade, delegada titular, acredita que o crescimento é justificado pela melhora no ambiente de atendimento.
“Talvez grande parte da população não soubesse que existia a delegacia especializada. E aqui o tratamento é diferenciado, o ambiente é menor, mais propício, elas se sentem mais à vontade”, explica.
A delegada conta que as segundas-feiras são o dia com mais movimento na delegacia. “Elas vêm na segunda por conta da violência que sofreram durante o final de semana”, revela.
Para que o atendimento na Delegacia de Orientação e Proteção à Família seja efetivo, a vítima precisar registrar um boletim de ocorrência e então procurar a delegacia, que entrará com o pedido de medidas de proteção e cuidará do caso.
Mariana diz que o crescente registro de crimes contra a mulher não significa o aumento da violência, mas que representa a maior conscientização. “As mulheres estão mais informadas. A Maria da Pena é uma lei nova, tem só cinco anos. Por mais que ela foi amplamente divulgada, os crimes estão vindo à tona agora. Não significa que tenha aumentado a violência contra a mulher.”
Serviço
Delegacia de Orientação e Proteção à Família
Endereço: Rua Calimério Guimarães, 600, Centro
Telefone: (34) 3664-2695