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Epamig prepara diagnóstico ambiental na Serra da Canastra

Epamig prepara diagnóstico ambiental na Serra da Canastra

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), através do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, está produzindo um diagnóstico ambiental inédito na região da Serra da Canastra para verificar se os resíduos sólidos e líquidos gerados durante a fabricação do queijo Minas Artesanal têm destinação correta.

O projeto conta com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e pretende levantar informações para a elaboração de um modelo de gestão que irá orientar os produtores, em conformidade com a legislação específica, visando minimizar os possíveis impactos ambientais.

A intenção é identificar os tipos de resíduos gerados no processo de fabricação e verificar o manejo desses materiais. Para isso, uma equipe de pesquisadores da Epamig selecionou seis queijarias que servirão de base para a apuração de dados.

Segundo informações da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), a região da Serra da Canastra possui aproximadamente dois mil produtores familiares de queijo artesanal, com produção estimada em 4,4 mil toneladas/ano.

Na primeira visita à região, no município de Medeiros, os pesquisadores iniciaram a aplicação de questionários para avaliar o perfil dos produtores.

Na segunda etapa, prevista para setembro, serão coletados os efluentes gerados durante a fabricação, em épocas de seca e de chuva. A análise físico-química do material, que irá indicar o potencial poluidor, será realizada nos laboratórios do Instituto de Laticínios Cândido Tostes.

Os resíduos líquidos podem ser soro, água de lavagem do queijo, detergente, resíduos do leite e salmoura; já os sólidos são constituídos por embalagens danificadas, plástico e papelão lançados no ambiente, explica a pesquisadora Claudety Saraiva.

“A partir desse diagnóstico, vamos propor sistemas adequados de manejo de resíduos, indicando, por exemplo, a reciclagem no caso dos sólidos. Nosso objetivo é transmitir informações com a finalidade de educar para as questões ambientais”, ressalta.

A pesquisa está prevista para ser concluída em até dois anos.

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