Minas Gerais registrou em maio deste ano, durante a primeira etapa anual de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa, a imunização de 22.740.991 animais, o equivalente a 97,49% do seu plantel. Este percentual é ligeiramente superior ao registrado na etapa de maio do ano passado, quando o estado contabilizou a vacinação de 96,8% do rebanho.
Os resultados da etapa de maio foram considerados satisfatórios pelo diretor-geral do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Marcílio de Sousa Magalhães, com o argumento de que eles refletem o grau de conscientização e o compromisso dos produtores rurais de Minas com a vacinação de seus rebanhos.
Marcílio Magalhães lembra que Minas está há 20 anos sem registro de focos de febre aftosa e ressalta que uma das condições para o estado garantir o status de área livre com vacinação é o cumprimento do calendário oficial de vacinação contra a doença. Essas condições estão contempladas no Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), que emprega as definições técnicas e científicas estabelecidas por órgãos e instituições internacionais dos quais o Brasil é membro signatário, em especial a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
“Essa é uma condição importante para o abastecimento dos mercados mineiro e brasileiro com os produtos da bovinocultura. Além disso, contribui para o desenvolvimento econômico e social do estado” ponderou Magalhães, lembrando que o status de área livre de aftosa com vacinação é importante também para as vendas internacionais.
Em 2015 o estado exportou cerca de 100 mil toneladas de carne bovina, com receita equivalente a quase US$ 400 milhões, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
Indicadores importantes
O diretor-geral do IMA argumenta que além de viabilizar as exportações de carne bovina, manter o rebanho mineiro livre de febre aftosa é importante também para a produção de leite. Minas possui o segundo maior rebanho de bovinos do Brasil, com cerca de 23,7 milhões de animais, e ocupa a liderança nacional na produção de leite, com aproximadamente 9,3 bilhões de litros/ano. “A imunização dos rebanhos contra a febre aftosa é fundamental para mantermos esses indicadores”, diz.
A vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa é obrigatória e deve ser realizada duas vezes por ano nas etapas de vacinação . Além da etapa de maio, quando devem ser vacinados todos os bovinos e bubalinos, independente da idade, em novembro devem ser imunizados aqueles com até dois anos de idade.