No domingo (8), por volta das 19h, a Polícia Militar (PM) compareceu ao Pronto Atendimento Municipal (PAM), onde o Corpo de Bombeiros já havia socorrido uma mulher de 56 anos e três crianças de 6, 5 e 2 anos, respectivamente, com suspeitas de intoxicação e inconscientes.
Os policiais conversaram com duas testemunhas que disseram ser vizinhas das crianças, em certo momento do dia ouviram gritos na casa delas e ao chegarem para ver o que era perceberam que as três crianças estavam passando mal com vômitos e quase inconscientes.
Neste momento, as vizinhas tentaram socorrer as crianças, porém, a mãe delas, A.S., 30, tentou impedir, mas as testemunhas conseguiram acionar o Corpo de Bombeiros para socorrer os menores.
Os policiais foram até a casa das crianças situada na rua Petrônio Marciori, bairro Max Neumann, onde a mãe se encontrava muito exaltada dizendo que não iria ao PAM acompanhar seus filhos, temendo ser presa.
A mulher, muito nervosa, relatou aos policiais que não havia envenenado seus filhos e sim que eles haviam comido um arroz com galinha que sua mãe, avó das crianças, a vítima de 56 anos que também passou mal, havia comprado para eles de uma mulher que reside no bairro.
Em conversa com os médicos que atenderam a avó e as crianças, estes disseram que todos deram entrada com um quadro de intoxicação alimentar e que a menina de 5 anos está em estado mais grave, mas não corre risco de morte.
Os médicos relataram ainda que as outras duas crianças de 6 e 2 anos apresentavam maus tratos e lesões sofridos pela genitora deles, e que os olhares das crianças eram de medo.
As testemunhas que socorreram as crianças também relataram que já presenciaram a mãe deles agredir fisicamente e maltratar todas elas, que inclusive já estavam sendo acompanhadas pelo Conselho Tutelar.
Durante o desenrolar da ocorrência, deu entrada no hospital outra vítima, uma mulher de 30 anos, com os mesmos sintomas de intoxicação alimentar e que teria adquirido arroz com galinha no valor de R$ 7 cada marmitex de uma conhecida dela, uma mulher identificada como G.G., 30 anos.
Esta mulher de 30 anos contou aos policiais que representa uma igreja evangélica e juntamente com outras pessoas da entidade resolveu fazer e vender arroz com galinha para ajudar uma pessoa que esta em dificuldade financeira da igreja, e desconhece o que causou intoxicação nas pessoas citadas, alegando que tudo foi feito nos padrões de higiene.
Diante ao exposto, a mãe das crianças foi conduzida à Delegacia de Polícia Civil e a mulher que fez o arroz com galinha acompanhou o desfecho da ocorrência para mais esclarecimentos dos fatos.