A Polícia Civil de Araxá realizou, nesta terça-feira (30), a reconstituição do crime de latrocínio ocorrido no dia 31 de agosto em Araxá. Valdecy Vieira Lopes, de 46 anos, trabalhava como taxista e foi morto após reagir a um assalto. A reconstituição contou com a presença de quatro autores, três deles tiveram participação no crime. Um dos acusados desistiu da ação momentos antes dos autores entrarem no táxi.
De acordo com o delegado Conrado Costa da Silva, José Ademir Firmino da Silva (21 anos), Willamys da Silva Santos (21 anos) e Alan da Silva Paes (18 anos) vão responder pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte). O quatro acusado identificado como L.S.O., de 22 anos, pode ser inocentado.
“Este foi um dos casos mais difíceis que a polícia civil de Araxá já encontrou, haja vista que o crime foi quase perfeito. Começamos do nada, não tínhamos nenhum suspeito, nenhuma evidência. O taxista, segundo as investigações, não tinha nenhum tipo de problema com ninguém, era um homem trabalhador e não chegava nenhuma informação que pudesse ajudar o trabalho de investigação. Começamos do nada e um simples detalhe que foi levantado pela equipe de investigadores, foi a nossa luz”, destacou o delegado Conrado.
O delegado se preservou e disse que não seria interessante dizer o detalhe que ajudou a polícia na localização dos autores. “Não posso e nem devo dizer o nosso ponto de partida, até mesmo para não alertar os futuros autores de crime. O trabalho de investigação é minucioso e um simples detalhe, uma informação que às vezes as pessoas acham que não é de importância, em um trabalho de investigação, pode ser a chave de tudo”, acrescenta.
Segundo o delegado as prisões foram feitas na última sexta-feira. Os autores foram surpreendidos em uma fazenda no município de Tapira. Os suspeitos confessaram a autoria do crime e relataram que mataram o taxista porque ele reagiu. Ainda segundo os autores, o crime foi motivado porque eles estavam passando por dificuldades. Logo depois do crime, eles fugiram levando aparelho celular da vítima e o veículo. O carro foi abandonado no bairro Novo Horizonte.
Os jovens presos são naturais de Alagoas (AL) e não tinham passagem pela polícia de Minas Gerais. Eles disseram que vieram para a cidade em busca de oportunidade de emprego.
Na residência em que eles residiam, no bairro Pedra Azul, moravam quatro pessoas. Segundo informações do empregador dos autores, cada um deles tinha uma renda salarial de aproximadamente R$ 1.300, e que inclusive, dois deles seriam promovidos a melhores cargos dentro desta fazenda. Segundo informações repassadas à polícia, eles bebiam e gastavam muito com festas e mulheres.
As investigações foram chefiadas pelo delegado regional Dr. Cesar Felipe Colombari e coordenadas pelo delegado Conrado Costa da Silva e o inspetor Alisson Reis, juntamente com os investigadores Rodrigo, Fernando, Dioges, Heitor e Ana Paula.