Um sonho antigo que foi engavetado por muito tempo começa a tomar forma novamente. A implantação de um campus da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) em Araxá foi tema de encontro entre o prefeito Robson Magela e o reitor da universidade, Luiz Fernando Resende, nesta quinta-feira (4), na sede da prefeitura.
Também estiveram presentes na reunião o vice-prefeito e secretário municipal de Governo, Mauro Chaves, a secretária municipal de Educação, Zulma Moreira, o deputado estadual Bosco e o assessor especial da Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais, Rodrigo de Freitas.
As tratativas foram retomadas após a atual Gestão Municipal demonstrar interesse na implantação do polo universitário. O vice-prefeito Mauro Chaves tratou do assunto com o secretário geral de Governo do Estado, Mateus Simões, em agosto passado durante reunião em Belo Horizonte. E recentemente, em visita ao município de Uberaba para anunciar investimentos para a UFTM, o governador Romeu Zema sinalizou apoio do Governo de Minas para a abertura do campus em Araxá.
As tratativas começaram em 2013 quando a UFTM, interessada em expandir o campus além dos limites de Uberaba, apontou as cidades Araxá e Iturama para a instalação de novos polos universitários. Na época o Ministério da Educação (MEC) chegou a aprovar a abertura de vagas para cursos e contratação de recursos humanos para atuar no administrativo e no corpo docente dos novos campi.
Em Araxá, a contrapartida da prefeitura seria a viabilização de um local para a implementação temporária dos cursos até que a construção do campus fosse concluída. Mas o processo foi interrompido devido à cassação do prefeito da época. Já Iturama, saiu na frente e, hoje, a cidade que está a 273 km de distância de Uberaba, já tem um campus próprio e oferece três cursos.
“Como já tínhamos a aprovação do MEC, as vagas foram distribuídas entre Uberaba e Iturama. Ou seja, hoje, para seguir com esse projeto de implementação de um campus da UFTM em Araxá, precisamos retomar todo o processo. E o primeiro passo é conseguir a autorização do Governo Federal, através do MEC, para a abertura dessas vagas em Araxá”, explica o reitor Luiz Fernando.
Na costura da articulação para a implementação do polo universitário em Araxá, o prefeito Robson Magela encaminhará ao MEC uma carta reiterando o interesse da atual gestão. Também, o deputado Bosco e o representante do Governo do Estado, Rodrigo de Freitas, se prontificaram a endossar esse pedido junto ao Governo Federal.
Já a reitoria da UFTM retomará as tratativas com o MEC para viabilizar a abertura do campus.
A secretária Zulma lembra que os primeiros cursos previstos para serem oferecidos pela UFTM em Araxá eram Administração, Hotelaria, Inglês e Espanhol. “Hoje, precisaremos fazer um novo estudo junto à universidade para identificar as principais demandas do município. Para isso, temos que vislumbrar o crescimento almejado, tanto na parte industrial como turística, para definir quais cursos poderão ser abertos aqui”, explicou Zulma.
Já o prefeito Robson Magela chegou a apontar alguns espaços que podem ser cedidos para o funcionamento provisório dos cursos. “A gente vê a experiência de outros municípios da região que foram contemplados com universidades públicas e o quanto isso impulsionou o crescimento dessas cidades. Isso é visão de futuro, viabilizar oportunidades para qualificação dos nossos jovens e também para atender, com mão de obra qualificada, à demanda do mercado da cidade, sem que haja necessidade de o mercado buscar esses profissionais fora de Araxá. A cidade ganha, o povo ganha e há desenvolvimento”, reforça o prefeito.
Eu e muitas pessoas lutamos muito no passado para implantar uma Universidade Federal ou pelo menos um Campus na cidade, depois de muitos contatos e reuniões tocamos a bola para a Prefeitura, na época Jeová tinha saído e veio o Aracely que só precisava mandar a bola para a rede, em vez disso ele engavetou o projeto. Hoje sabemos que a prioridade de quem estava na prefeitura era outra muito mais obscura e desonesta. Agora vamos ver o que acontece, mas duvido, pois é mais uma oportunidade que foi perdida naquela época de expansão do ensino superior público, hoje se depender do governo federal é mais fácil fechar o que está aberto do que abrir novos cursos.