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VOCÊ NO DIÁRIO: Professor conta como venceu obstáculos para completar maratona de longa distância

VOCÊ NO DIÁRIO: Professor conta como venceu obstáculos para completar maratona de longa distância

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No dia 18 de maio, o professor do Cefet Araxá e engenheiro mecânico João Cirilo da Silva Neto venceu mais um desafio em sua vida: correu uma maratona de 42km. Para se chegar a esse nível, ele conta que há 4 anos começou a se interessar pela corrida de rua depois que seu médico sugeriu-lhe atividades físicas mais específicas para melhorar sua condição fisiológica e seu bem-estar. A corrida de rua foi uma escolha acertada porque o professor já fazia caminhada regularmente, mas precisava de uma atividade que propiciasse maior gasto calórico.

A corrida de rua vem ganhando a cada ano um número sempre crescente de praticantes. Esta modalidade esportiva não é exclusiva dos jovens porque temos notado que as pessoas mais maduras também têm se interessado por essa prática esportiva.

No caso das pessoas maiores de 50 anos (como é caso do professor), a corrida de rua, além de contribuir para o controle do peso corporal, é um esporte que pode promover o bem-estar e a autoestima das pessoas dessa faixa etária e que, muitas vezes, precisam de algo interessante e desafiador e até emocionante para viver com mais saúde.

João Cirilo conta que para correr a Maratona de Porto Alegre ele passou por treinamentos constantes. Por quase quatro anos não buscou ajuda de um preparador físico ou de um nutricionista, mas se dedicou à leitura e a pesquisas sobre a corrida de rua, incluindo nutrição (alimentação à base de carboidratos e proteínas) e hidratação em treinos e competições. Mesmo assim, ele recomenda a orientação desses profissionais.

O professor relata que obedeceu às recomendações do seu médico e começou a praticar a caminhada, intercalada com trotes leves em terrenos planos e descidas. Nas subidas, ele só caminhava, temendo sofrer qualquer problema de saúde em função do esforço necessário para subir os morros, pois inicialmente tentou subir um morro, mas o despreparo era tanto que quase sentiu seu coração sair pela a boca.

“Quando se está fora das condições físicas para corrida, a melhor coisa que deve ser feita é não insistir porque os danos à saúde em geral podem ser evidentes. Nesse caso, é necessário adquirir mais forças para essa atividade. Um resultado satisfatório é insistir com a atividade aeróbica de baixo impacto, como a caminhada e o trote leve que ajudam no desempenho respiratório, perda de peso e melhoram a elasticidade, a resistência muscular e condicionamento físico”, relata.

Depois de quatro semanas (dia sim, dia não) e bem condicionado na execução da caminhada, intercalada com trotes leves em terrenos planos e descidas, o corredor ensaiava percursos maiores só de corridas (em torno de 1 mil metros), porém, não insistia em subir morros porque esse procedimento ainda lhe era penoso fisicamente em função do desgaste muscular.

Em qualquer esporte, a disciplina e o treinamento são indispensáveis. Aos poucos, o corredor foi ganhando confiança e passou só a correr. Nos treinamentos, optou-se por um tipo de treino chamado fartlek, que se trata de um treino sério e extremamente eficaz, que compreende uma mistura de velocidades, de repetições, de treinamento em áreas com subidas e declives (descidas) e até mesmo de corrida de ritmo.

Após seis meses, participou da sua primeira competição de 10km, completando o percurso, com muito sacrifício, em 57 minutos. Essa competição foi a referência para o seu potencial na corrida de rua. A partir daí, passou a pensar em distâncias mais longas e em treinamentos foram exaustivos.

Após um ano, veio a primeira competição mais longa: a Volta da Pampulha (18km) que foi percorrida sem muita dificuldade. A partir desse ponto, ele pensou imediatamente que teria condição de correr uma meia maratona (21km). Nessa rotina, participou de várias competições de 5km, 10km, 16km, 18km e outras de 21km.

Nesse contexto, percebeu que teria condições de correr uma maratona de 42km. Para tanto, tinha que percorrer distâncias longas (chamados longões). Nesse caso, o treino longo compreende a principal componente de resistência no treinamento dos maratonistas. Quanto maior a distância da modalidade escolhida pelo corredor, maior a importância deste tipo de treino.

Para uma maratona, além da necessidade de treinos longos, é preciso reforço muscular. Sobre esse caso, João Cirilo conta que antes participar de sua primeira maratona fez musculação em academia por três meses, duas vezes por semana, intercalada com os treinos médios e longos.   

Enfim, chegou o dia da maratona. A maratona de Porto Alegre foi a escolhida porque é considerada uma das mais planas do Brasil. Além disso, o clima ameno na cidade nesta época do ano contribui para a diminuição do desgaste físico dos maratonistas. Mesmo assim, o professor conta que a expectativa era muito grande porque em uma maratona nada pode dar errado e a mente e o corpo devem estar bem preparados. Tudo depende do treinamento exaustivo para se ter confiança para completar o percurso com menores sofrimentos.

A estratégia de corrida para uma maratona depende da condição física e emocional de cada corredor. Por isso, o professor conta que não foi fácil, mas teve confiança, controle emocional, resistência e força de vontade para percorrer os 42km, em um tempo de 3 horas e 52 minutos, ficando em 38º lugar entre 93 corredores de sua faixa etária (54 a 59 anos). 

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