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Falha acarreta falta de materiais básicos na saúde pública, admite Antônio Belo

Falha acarreta falta de materiais básicos na saúde pública, admite Antônio Belo

Luvas, máscaras, gazes, seringas e gesso são materiais que ficaram em falta na rede pública de saúde por três dias, na última semana, e tiveram que ser adquiridos emergencialmente pela Secretaria Municipal de Saúde. O erro foi admitido pelo secretário Antônio Marcos Belo. Quem procurou o Pronto Atendimento Municipal (PAM), a Santa Casa e as Unidades Integradas de Saúde (Unis) teve que remarcar as consultas ou buscar por atendimento particular.

Segundo a Organização Muncial de Saúde (OMS), máscaras, luvas, gazes, esparadrapos e seringas são considerados materiais obrigatórios e básicos para a realização de procedimentos hospitalares. A falta deles ou uso inadequado são as causas mais frequentes de infecções e de importantes complicações ocorridas em pacientes hospitalizados.

No Brasil, estima-se que 5% a 15% dos pacientes internados contraem alguma infecção hospitalar. Uma infecção hospitalar acresce, em média, cinco a dez dias ao período de internação. Além disso, os gastos relacionados a procedimentos diagnósticos e terapêuticos da infecção hospitalar fazem com que o custo seja elevado.

“Durante três dias, tivemos realmente esses problemas, mas a nossa área de apoio administrativo tomou as providências necessárias e nós solucionamos todos os problemas. O gesso (para a imobilização de fratura) foi realmente um vacilo do pessoal do PAM que não percebeu que estava faltando o material no estoque e não fez o pedido no tempo certo”, conta o secretário.

Segundo ele, a falha de redimensionamento demonstra falta de organização. “Temos que assumir que tivemos uma falha nesse processo de compra. Vamos nos organizar para que não falte mais material, fazer o controle de estoque é simples. Se tenho mil luvas e esse número se reduz para duzentos, eu já tenho que fazer um pedido de compra.”

De acordo com Antônio Belo, havia profissionais direcionados em cada área para realizar a compra de materiais que estavam em falta no estoque. “O problema foi que no redimensionamento da informação, eles erraram. O gesso, por exemplo, é um material básico, fundamental, mas já demos a bronca necessária e o caso foi solucionado. Já iniciamos a licitação para compra do material, mas para suprir a falta durante esse período, fizemos uma compra de emergência para resolvermos definitivamente o problema.”

“Dentro dos ajustes que estamos fazendo, vamos criar um sistema de gerenciamento para que tenhamos um controle de todas as unidades da rede. Todos têm que atender bem dentro da rede porque senão não vamos obter resultados. A rede tem que funcionar perfeitamente, por isso o Sistema Único de Saúde (SUS) preconiza que o atendimento tem que ser integral, cada um fazendo sua função. Se o administrativo falhar, ele prejudica todo o sistema.” acrescenta.

Antônio Belo assumiu que o erro foi primário e que as pessoas que ficaram prejudicadas pela falta de atendimento já podem procurar a rede municipal de saúde.

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