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Vigilância em Saúde e Zoonoses alertam para casos de dengue

Vigilância em Saúde e Zoonoses alertam para casos de dengue

José Renato e Loren Rocha durante entrevista ao Diário de Araxá - Foto: Jorge Mourão

Da Redação/Isabella Lima – A quantidade de notificações de dengue em Araxá para os meses de janeiro e fevereiro está 583% maior se comparada ao mesmo período de 2011. Embora o número assuste, o coordenador geral do Setor Municipal de Vigilância em Saúde, José Renato da Silva Júnior, alerta que isso não representa o aumento de casos.

Em 2011, foram 24 notificações e quatro casos confirmados. Nos dois primeiros meses deste ano já são 140 notificações, 34 casos positivos, seis negativos e mais 14 resultados em análise. José Renato explica que em 2012 a Vigilância em Saúde está intensificando a busca por casos suspeitos, daí o crescimento das notificações.

 “Se a gente for esperar o pronto socorro mandar a ficha, vão chegar poucos casos. Mas se for atrás dos laboratórios, aí aumenta mesmo. Mas não é que aumentou, é que estamos tentando rastrear o máximo possível”, esclarece.

O coordenador diz que espera ainda mais o aumento de notificações após o Carnaval. Segundo ele, muitas pessoas viajam e pegam a dengue, mas só procuram tratamento quando retornam para a cidade de origem.

Veículos fumacê auxiliam no combate - Foto: Jorge Mourão

Para o combate à dengue em Araxá são usados dois veículos fumacê e o auxílio de 56 agentes, que orientam os moradores quanto a possíveis focos. “Nós fazemos os mutirões, mas dali a 20, 30 dias, já tem focos de dengue de novo. O número de agentes é mais que suficiente, mas a população precisa agir também. E infelizmente só se conscientizam depois que alguém próximo fica doente.”

Outro problema está relacionado ao grande número de imóveis fechados na cidade, o que dificulta as ações dos agentes. A bióloga do Setor de Zoonoses, Loren dos Reis Rocha, explica que em casas ofertadas para aluguel ou venda, as imobiliárias autorizam a entrada das equipes, mas que o problema está nos imóveis em que os proprietários não moram na cidade. “Nesses casos, o Zoonoses entra em contato, mas nem sempre os proprietários fazem a limpeza do local.”

Ela alerta que o mosquito da dengue evoluiu e não precisa mais somente de água limpa para botar os ovos. Havendo água parada em qualquer tipo de recipiente é suficiente para a proliferação do Aedes aegypti. “Até hoje, Araxá só registrou casos de dengue clássica, mas a endemia já tem quatro mutações do vírus.”

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