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Araxaenses são vítimas de falso programa rápido de conclusão do ensino médio

Araxaenses são vítimas de falso programa rápido de conclusão do ensino médio

Material exibido por vítima em Arcos - Foto: João Paulo Bueno/Portal Noh!

Da Redação/Jorge Mourão – Cerca de 40 pessoas em Araxá foram vítimas de um falso programa de rápida conclusão do ensino médio (cinco meses) sem aulas presenciais, além de grandes chances de concorrer a bolsas em universidades com ótimo desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e promessas de mais oportunidades no mercado de trabalho. Tudo isso foi ofertado na cidade no último dia 6 de maio com a distribuição de mais de 3 mil panfletos em pontos estratégicos, principalmente na rua Presidente Olegário Maciel.

Os interessados participaram de uma palestra em uma sala alugada sobre o falso programa de educação com duas golpistas que se passaram por representantes do Portal Enem, alvo de várias denúncias por uso indevido do nome do exame aplicado pelo Ministério da Educação e outros programas da pasta, e posteriormente pagavam inscrição nos valores de R$ 290 à vista; R$ 350 divididos em duas parcelas de R$ 175; R$ 390 divididos em três parcelas de R$ 130 ou R$ 440 divididos em quatros parcelas de R$ 110, podendo ser pagos por cartão de crédito ou cheques.

As vítimas também receberam um kit didático contendo apostilas, DVDs e login e senha (que não funcionam) para acesso de conteúdo e aulas virtuais no Portal Enem. Além disso, era ofertado um falso telefone 0800 para tirar dúvidas.

Segundo as golpistas o diploma seria cedido pela Secretaria Municipal de Educação, sendo que o ensino médio é responsabilidade do Estado.

Além de Araxá, a fraude também foi executada recentemente em diversas cidades mineiras, sendo que as duas golpistas identificadas como Delza e Bruna (que utilizava Laura como nome falso) foram presas em Arcos por dois policiais à paisana que se passaram por interessados. Os materiais didáticos também foram apreendidos.

“Eu só fui descobrir que se tratava de uma fraude depois que eu fiquei sabendo que elas foram presas em Arcos”, diz a denunciante de Araxá que havia sido contratada pelas fraudadoras para efetuar as inscrições.

Segundo ela, somente no pagamento em dinheiro foram mais de R$ 10 mil em prejuízo. “Fora os pagamentos em cheques e cartões. Foram muitas pessoas humildes que foram iludidas pelas facilidades em terminar o ensino médio e tiveram que pedir dinheiro emprestado para poder pagar as inscrições. A maioria ganha pouco mais de um salário mínimo e ficaram endividadas”, acrescenta.

De acordo com o delegado de Fraudes em Araxá, Christiano Dib, um inquérito foi aberto para apurar o montante arrecadado pela fraude e identificação das vítimas, que devem procurar a delegacia – rua Cecílio Salomão, 110, Centro.

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