DA REDAÇÃO – A Polícia Civil apresentou, nesta quinta-feira (11), os acusados pela morte do comerciante Enildo Correa em 15 de março passado, durante tentativa de assalto em seu supermercado no bairro Fertiza.
Divulgado anteriormente como homicídio (ato de matar outra pessoa), a polícia informou à imprensa que se tratou de um latrocínio (roubo seguido de morte), pois, a investigação apontou que foi roubada uma quantia de dinheiro do estabelecimento.
Foram apresentados os irmãos Natalício Costa de Nossa Senhora, 23 anos, e Júnior Costa de Nossa Senhora, 22 anos, ambos do município de Serra dos Aimorés, no Nordeste de Minas, e Renato Fernando da Costa, conhecido como Chicão, que reside atualmente em Araxá.
Natalício esteve envolvido em crimes de roubo em outros estabelecimentos comerciais da cidade. O delegado regional Heli Andrade relata que Natalício está preso desde o dia 3 de maio. “As investigações continuaram para identificar quem estava com Natalício. Ele (Natalício) foi a pessoa que atirou, o irmão dele, Júnior, era quem pilotava a motocicleta e a arma foi alugada pelo Chicão. Tranquilamente, nós temos provas sobre isso”, diz o delegado.
Segundo o delegado, Natalício, Júnior e Renato estiveram no supermercado com a intenção de assaltar. “Eles foram lá para roubar, houve esse contratempo e o Enildo morreu. Parece que o Enildo colocou a mão no bolso para tirar outra quantia em dinheiro que tinha. O Natalício assustou e atirou.”, comenta o delegado.
De acordo com o secretário municipal de Segurança Pública, Mauro da Silveira Chaves, que durante a investigação do crime ainda atuava como inspetor de polícia, está comprovado que o assalto ao Supermercado Correa tratou-se de crime de latrocínio (roubo seguido de morte).
“Não foi um crime encomendado como alegado anteriormente. A gente tem certeza que foi estratégia de defesa orientado possivelmente por alguém detentor do conhecimento de direito. Os detalhes que ele (Natalício) forneceu são coerentes com o que foi levantado no local do crime, inclusive, pelas testemunhas”, ressalta Mauro.
A pena dos acusados poder variar de 20 a 30 anos de prisão.