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Polícia Civil chega a um novo suspeito de ter matado Ana Clara

Polícia Civil chega a um novo suspeito de ter matado Ana Clara

Fotos: Willian Tardelli

Da Redação/Raphael Rios e Caio Aureliano – A Justiça decretou, nesta sexta-feira (12), a prisão temporária de um homem de 60 anos, suspeito de ter matado a menina Ana Clara em outubro do ano passado. A Polícia Civil chegou até o acusado após fazer um levantamento de pessoas próximas a menina. Identificado, até o momento, apenas como Gaspar, o homem era vizinho da vítima.

No ano passado outro suspeito chegou a ser preso temporariamente, mas a polícia descartou a participação dele no homicídio.  

Pela forma em que a morte de Ana Clara aconteceu, as investigações foram em buscas de pessoas que teriam afinidade com a menina.  

“Foi feita a vida pregressa da Ana Clara. Quem eram as pessoas que tinham convivência com Ana Clara e que poderiam, no momento em que ela estivesse trafegando, oferecer uma carona para ela. Se fosse na marra, alguém iria ver que uma menina estaria sendo pega a força”, relata o delegado regional, Hely Andrade, se referindo a quem poderia ter pego a menina na saída da escola no dia em que ela não voltou para a casa.

“Por esse caminho, surgiu o Gaspar que tinha convivência com ela. Segundo ele, ela já chegou a dormir na casa dele (era amiga da filha do acusado). Uma série de coisas fez a polícia suspeitar do Gaspar”, afirma.   

O investigador Mauro da Silveira Chaves assumiu o caso há três semanas. “Nós conseguimos, hoje, a localização de um suspeito. Essa pessoa está sendo tratada dentro do inquérito como um suspeito em potencial. A partir do desdobramento da investigação, nós podemos fazer uma análise final para concluir o trabalho e dizer se, realmente, existem provas irrefutáveis contra essa pessoa”, destaca.

De acordo com Mauro, a polícia traçou linhas de investigações colocando pessoas próximas a menina como suspeitas. O trabalho foi se aprofundando até que a prisão temporária de Gaspar fosse pedida. “Se a gente conseguir trazer fortes indícios e comprovar, realmente a participação, a prisão temporária será convertida em preventiva”, afirma.

“Quando se chega a uma prisão, podemos dizer que ouve um grande avanço na investigação. Quando existe esse grande avanço é porque aproxima do seu término”, acrescenta.

Advogado da família

O advogado da família de Ana Clara, Robson Merola, está acompanhando o caso. “A informação que nós temos é que a família era muito próxima ao suspeito. Eles tinham um relacionamento, inclusive, de amizade”, destaca.  Segundo Robson, o momento é de muita cautela na divulgação das informações, mas segundo o que está sendo investigado, a menina Ana Clara tinha acesso e frequentava a casa do acusado.

“Toda a comunidade de Araxá está esperando uma resposta. Não só a família da Ana Clara, mas todas as famílias e pessoas que têm filhos pequenos querem ver esse crime esclarecido. Esse crime, realmente, não pode ficar sem ser esclarecido”, acrescenta o advogado.  

Prisão do primeiro suspeito

“O primeiro foi visto cinco horas da manhã lavando roupa num posto de gasolina. Ele teria chamado uma pessoa do posto para ir à porta da escola que havia várias meninas bonitas. Além disso, ainda havia sido preso e saído da cadeia há pouco tempo por estupro. Tudo isso são informações importantes e indícios que podem levar uma pessoa a praticar esse tipo de delito”, afirma Hely Andrade.

Mauro disse que a Polícia Civil pediu a prisão temporária do primeiro suspeito, que já está em liberdade, por causa de alguns indícios, que posteriormente, foram descartados.  

“Era um suspeito que também foi tratado como potencial em razão das suas próprias declarações. Testemunhas disseram que aquele acusado comentava que tinha atração por meninas que estudavam na escola. Mas, aquela pessoa (primeiro acusado) estava no lugar errado, na hora errada e falou demais. Por isso que acabou sendo presa temporariamente”, explica. 

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