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Polícia conclui inquérito da morte da menina Ana Clara

Polícia conclui inquérito da morte da menina Ana Clara

Delegado Luiz Antônio da Costa e inspetor Mauro da Silveira Chaves - Fotos: Caio Aureliano

DA REDAÇÃO/CAIO AURELIANO – A Polícia Civil anunciou a conclusão do inquérito do assassinato da menina Ana Clara Cunha da Mata, 11 anos, ocorrido em outubro passado. Gaspar Alves Caldas, de 60 anos, natural de Araxá, foi transferido para a Penitenciária de Ribeirão das Neves e está preso temporariamente para preservação de sua integridade física, segundo informou a polícia.

O inquérito de 350 páginas foi enviado nesta sexta-feira (10) para o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) analisá-lo. O delegado Luiz Antônio da Costa diz que a Polícia Civil solicita a conversão da prisão de temporária para preventiva. “No final das investigações, concluímos que uma pessoa a abordou no meio do caminho (da escola até a casa da garota) e já descobrimos o lugar que foi, abordou a garota e a levou até o local onde cometeu o provável estupro e, em seguida, o homicídio”, comenta o delegado.

Ele afirma que, apesar de Gaspar não ter confessado a autoria do crime, ele informou à Polícia que viu a menina antes do desaparecimento. “Apontou o local onde ele encontrou a menina e teria conversado com ela. A partir daí, começou a mentir sobre o assunto que tratou com ela, o percurso que fez, e diante desse encontro que teve com ela e das mentiras concluímos que ele levou a menina até o local e praticou esses dois crimes.”

O investigador responsável pelo caso, Mauro da Silveira Chaves, comenta mais sobre esses pontos e como desenvolveu a investigação. “Por se tratar de um inquérito que corre sobre segredo de Justiça, não podemos nominar todos esses pontos, mas posso adiantar pelo menos dois que é de conhecimento público. Ele (Gaspar) esteve nas imediações da escola onde a menina estudava e buscar o irmão na escola próxima a da dela e onde encerrou-se o evento criminoso, ele detinha profundo conhecimento daquela área do Distrito Industrial (antiga fábrica da asfalto, saída para Uberlândia)”, destaca.

“Isso serve de alerta para que os pais policiem melhor os seus filhos principalmente nessa faixa de 8 a 15 anos, que é uma fase que a criança está muito vulnerável e nós temos aqui em Araxá alguns fatos de pedofilia que também traz experiência para que a gente alerte as famílias ter um controle maior sobre os filhos”, ressalta Mauro Chaves.

O delegado Luiz Antônio informou que o inquérito passa pela análise do Ministério Público. “De qualquer maneira hoje (10) ainda deverá ser analisada a prisão dele; se continua na prisão temporária, se vai ser prorrogada, se ele é solto, ou a prisão temporária dele vai ser convertida em preventiva”, declara o delegado.

O prazo da prisão temporária de Gaspar expira neste domingo (12) e deverá ser apresentado oficialmente como autor do crime em um prazo de 15 dias pela Polícia Civil. Dependendo da qualificação do crime que é homicídio qualificado, a pena pode variar de 12 a 30 anos de prisão.

“Acumulada por outros crimes, próprio estupro, isso ainda vai ter que ser baseada em denúncia do Ministério Público. Aos olhos desta família, não seria um suspeito em potencial, geralmente não quer acreditar que a pessoa possa está envolvida em determinado delito. Esse caso não é diferente, mas isso a gente consegue entender o lado da família (de Gaspar)”, salienta o investigador.

Com o encerramento do inquérito, Mauro acredita que a família de Ana Clara dorme sem ter o pensamento de quem cometeu o crime. “A sociedade também tenho certeza que vai seguir essa linha e que a Polícia Civil de Araxá prestou contas dos seus serviços tendo essa mesma sensação da vítima. Todas as provas que estão produzidas a intensa investigação nos permite a afirmar que esse investigado é o autor, sem sombra de dúvida, desse bárbaro crime.”

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