Secretaria de Estado de Saúde alerta sobre prevenção das hepatites

Secretaria de Estado de Saúde alerta sobre prevenção das hepatites

As hepatites virais agudas e crônicas são agravos sérios que, em razão do seu caráter evolutivo silencioso, tem alto potencial de mortalidade.

Na próxima sexta (28) é celebrado o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) aproveita a data para alertar a população sobre as medidas necessárias para prevenir a doença.

As hepatites virais agudas e crônicas são agravos sérios que, em razão do seu caráter evolutivo silencioso, tem alto potencial de mortalidade.

A coordenadora estadual de imunização da SES-MG, Eva Lídia Arcoverde Medeiros, explica que a vacinação é a principal forma de evitar algumas formas da doença. O SUS disponibiliza vacinas contra a hepatite A e B. Porém, não há vacina contra a hepatite C.

A vacina contra a Hepatite A está disponível para as crianças de 15 meses até as menores de 5 anos, em uma dose única. Já a vacina contra a Hepatite B está disponível para toda a população.

Os recém-nascidos devem receber a primeira dose da vacina contra Hepatite B nas primeiras 24 horas de vida, preferencialmente nas primeiras 12 horas, ainda na maternidade ou na primeira visita ao serviço de saúde, até 30 dias de vida.

No esquema vacinal do SUS, a Hepatite B deve ser reforçada. A continuidade do esquema vacinal será com a vacina Pentavalente (que protege contra Hepatite B, difteria, tétano, coqueluche e Haemophilus influenzae B) e, nesta situação, o esquema corresponderá a quatro doses, para as crianças que iniciam o esquema vacinal antes de 1 mês de idade até as menores de 5 anos.

“Para indivíduos a partir dos 5 anos sem comprovação vacinal, administra-se três doses da vacina Hepatite B, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose”, esclarece Eva Lídia.

Sobre a doença

Conhecida como ‘Hepatite infecciosa’, a Hepatite A é causada pelo vírus VHA. Sua transmissão é feita pelo contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados. Em 2016, 93 casos de Hepatite A foram notificados em Minas Gerais.

“A Hepatite A pode ser prevenida pela imunização específica contra o vírus A. Entretanto, a melhor estratégia de prevenção dessa modalidade da doença inclui a melhoria das condições de vida, bem como adequação do saneamento básico e das medidas educacionais de higiene”, afirma Jordana Costa Lima, coordenadora de ISTs/AIDS e Hepatites Virais do Estado de Minas Gerais.

Já a Hepatite B é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST). Em 2016, 1.288 pessoas foram contaminadas em Minas Gerais, com o vírus HBV, causador da Hepatite B. Ela pode ser transmitida de pessoa a pessoa por meio do contato com sêmen, saliva e secreções vaginais durante a relação sexual desprotegida.

O vírus também pode ser transmitido por via sanguínea, ao compartilhar materiais perfurantes como seringas, agulhas, cachimbos, lâminas de barbear, alicates de unha e por transfusão de sangue contaminado.

Outra forma de transmissão pode acontecer de mãe para filho, em que a mãe é portadora do vírus B e o transmite para a criança durante a gestação ou parto. Não há evidências de que o aleitamento materno aumente o risco de transmissão da hepatite B da mãe para o bebê.

“Sendo assim, a amamentação não está contraindicada em mães portadoras da doença, desde que a criança receba a vacina e a imunoglobulina, preferencialmente, nas primeiras 12 horas de vida”, diz Jordana Costa Lima.

Além da vacina, outras medidas para evitar a Hepatite B são: usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar objetos de uso pessoal e/ou perfurantes.

A hepatite C é causada pelo vírus C (HCV). Em 2016, em Minas Gerais, 1.728 pessoas foram contaminadas pelo vírus. Sua transmissão ocorre por meio de transfusão de sangue, via sexual, compartilhamento de material para preparo e uso de drogas, objetos de higiene pessoal, alicates de unha, além de outros objetos que perfuram ou cortam.

Como não existe vacina contra a doença, a melhor forma de evitar é usando preservativos e não compartilhando seringas e objetos perfurantes.

 

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