A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou, na sexta-feira (30/12), que a bandeira tarifária de janeiro de 2017 será verde. Dessa forma, as contas de energia dos consumidores brasileiros não terão a incidência dos custos de energia proveniente de usinas termelétricas.
Segundo a Aneel, Conforme relatório do Programa Mensal de Operação (PMO) do Operador Nacional do Sistema (ONS), a condição hidrológica favorável determinou o acionamento de térmica com Custo Variável Unitário (CVU) abaixo de R$ 211,28 por megawatt-hora (R$/MWh). O valor da térmica acionada ficou em 128,65 R$/MWh e possibilitou a manutenção da bandeira verde, sem custo para todos os consumidores de energia elétrica.
De acordo com o superintendente de Regulação Econômico-Financeira da Cemig, Ronaldo Gomes de Abreu, apesar da boa notícia, a população deve continuar economizando energia. “A manutenção da bandeira verde representa, sem dúvida, um alívio para o bolso da população e para o sistema elétrico nacional, mas é indispensável que a energia elétrica seja consumida de forma racional e consciente, sem desperdícios”, diz o superintendente.
Entenda as bandeiras tarifárias
Em vigor desde 1º de janeiro de 2015, o sistema de bandeiras tarifárias foi criado pelo Governo Federal para sinalizar se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração de energia, para os quatro subsistemas do Sistema Interligado Nacional (SIN).
São três os tipos de bandeiras: verde, amarela e vermelha, sendo que cada uma delas representa um valor que será cobrado na fatura de energia, e que podem mudar a cada mês, de acordo com a situação da geração de energia no momento.
Na bandeira verde não há acréscimo na fatura de energia. Na amarela, o valor acrescido será de R$0,015 por kw/h consumido e, na vermelha, que funciona com dois patamares, há o acréscimo de R$0,030 no patamar 1 ou de R$ 0,045 no patamar 2.